sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS SETE PALAVRAS DE JESUS CRISTO NA CRUZ


Primeira palavra: "Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem." (Lucas, 23.34). Esta primeira frase foi dita em forma de prece para que Deus perdoasse a ignorância daqueles que o crucificavam: os soldados romanos e a multidão que o acusava. Esta prece reflete e confirma uma exortação anterior de Jesus, quando instava a seus seguidores que amassem e perdoassem seus inimigos (Mateus 5.44). Alguns manuscritos antigos omitem a menção àquela frase.

Segunda palavra: "Em verdade eu te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23.43). No momento em que Jesus é crucificado, dois ladrões também são, e suas cruzes se erguem ladeando a de Jesus. O ladrão à sua direita reconhece sua inocência, e pede que seja lembrado quando Jesus entrar em seu Reino, e Jesus lhe responde daquela forma. A versão original nos manuscritos gregos não traz pontuação, permitindo alguma confusão de sentidos pelo possível deslocamento da prosódia, gerando a alternativa "Em verdade, eu te digo (que) hoje, estarás comigo no Paraíso".

Terceira palavra: "Mulher, eis aí teu filho; olha aí a tua mãe." (João 19.26-27). Jesus, do alto da cruz, contempla os poucos amigos que o seguiram até o Calvário, e com aquelas palavras confia seu discípulo (cujo nome não é citado, mas crê-se que seja João) aos cuidados de sua mãe Maria, e ela a ele.

Quarta palavra: "Eli, Eli, lama sabachthani? (Deus, meu Deus, por que me abandonaste?)" (Mateus 27.46 e Marcos 15.34). Esta frase é uma que se destaca no conjunto, por ter sido a única registrada tanto por Marcos como por Mateus, e por ter sido transmitida a nós em uma outra linguagem, o aramaico. Expressa o sentimento de total abandono experimentado por Jesus em seu sacrifício e a necessidade de enfrentar a agonia sem qualquer valimento, nem mesmo o divino, a fim de cumprir seu desígnio e realizar sua obra de salvação.

Quinta palavra: "Tenho sede". (João 19.28) Aqui fica patente à natureza humana de Jesus, não era uma reclamação ou um pedido, mas uma afirmação clara de que Ele era de carne osso, tinha fome e sede como todos os humanos. E é por isso que Ele se compadece nós, pois Ele conhece todas as nossas dores (Hebreus 4.15 e 15).

Sexta palavra: "Está consumado" (João 19.30) Jesus declara que tudo o que devia ser feito foi cumprido, e é interpretada como um sinal de que a obra de salvação se tornará eficaz por intermédio de seu sacrifício em prol de todos os homens.

Sétima palavra: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito". (Lucas 23. 46). Terminada sua agonia, Jesus se abandona aos cuidados de seu Pai e, assim fazendo, expira.

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